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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NOS NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS

Cada vez mais a inteligência emocional é um factor determinante para o nosso sucesso, tanto a nível pessoal como profissional.

Mas vamos nos focar apenas na importância que o QE (quociente emocional) tem no nosso sector de actividade.

Agentes imobiliários com grandes qualidades de relacionamento humano, como cordialidade, compreensão, empatia, têm mais hipóteses de terem sucesso na sua profissão.

Os agentes imobiliários precisam não apenas de conhecimentos técnicos, mas, acima de tudo, saberem lidar com pessoas e com emoções. Hoje, dificilmente um empreendedor/agente imobiliário sobrevive sem estas características.

A inteligência emocional pode ser praticada e cultivada. Nada justifica não treiná-la: nem os problemas de infância, nem as mágoas do passado, nada.

Não é fácil mudar algumas formas de estar, mas é muito gratificante quando aprendemos a lidar com sabedoria a ira do cliente ou do colega.

Existem algumas características importantes para que tenhamos um bom QE. Vejamos:

- Empatia com o outro: é das tarefas mais difíceis para quem tem, por exemplo, uma personalidade reactiva. Convincente da sua verdade, não é possível colocar-se no lugar do colega, cliente, do broker, do director, etc. Trabalhar esta característica é fundamental para que os relacionamentos do nosso dia a dia sejam mais saudáveis.

- Controlo das emoções: Não respondermos na hora do confronto, é uma arte que não é para todos. É imperativo respirar fundo, dormir sobre o assunto e se possível argumentar no dia seguinte. Acreditem, esta técnica faz milagres. Quanto mais controlo tivermos em relação à nossa reactividade, maior é a hipótese de sermos bem sucedidos na vida.

– Círculo de Influência: As pessoas com quem nos relacionamos deverão ser positivas e com boas energias. Li algures que somos a mistura das cinco pessoas com quem mais convivemos no dia a dia. Fica atento!

- Praticar a teoria da relatividade. “Tudo se resolve”, é o mantra necessário. Acalma-nos a mente e faz com que o dia a dia seja mais tranquilo.

– Procurar auto-conhecimento através de presenças em workshops, formações e livros sobre a área. Ter consciência dos pontos fracos e pontos fortes e desta forma tornarmo-nos mais eficientes.

- Manter a mente aberta: As crenças com as quais crescemos limitam em grande escala a nossa forma de pensar e consequentemente de agir. Devemos observar sem julgamentos outras formas de trabalhar, outras formas de lidar com os clientes, por exemplo.

Não existe um modelo único na forma de trabalhar no nosso negócio. Por algum motivo existem tantos colegas de sucesso com modos de trabalhar completamente diferentes uns dos outros. Podemos não nos identificar, agora julgar e criticar é outra história.

Identificar pontos de diferenciação: Ainda bem que temos pessoas que pensam de forma diferente de nós. O contrário seria muito redutor e colocaria em causa a nossa evolução emocional e intelectual.

Quando não concordamos com uma opinião ou situação, não quer dizer que a outra pessoa está contra nós. Apenas tem uma visão diferente sobre o mesmo assunto. Achas que ele não tem razão? E quem garante que tu tens? Discordar não é atacar nem desvalorizar. É apenas um ponto de vista diferente.

Tom de voz: Tudo pode ser dito, depende da forma como é dito. Sabemos todos que esta é uma verdade constatada em todas as vertentes da nossa vida. Treinar a escuta, o olhar empático (mesmo quando não concordamos), as palavras utilizadas...é verdade que não é para todos, mas poderá ser... se tu quiseres.

Nós, agentes imobiliários, lidamos com emoções a todos os minutos: com os colegas, com a direcção, com os clientes, com os parceiros...e num ambiente tão competitivo e materialista como o nosso é necessário encontrarmos este equilíbrio na nossa forma de estar.

Para que exista uma mudança real, é necessário que tenhamos uma vontade genuína de mudar (não adianta ser o outro a querer mudar-nos) e fundamental estarmos dispostos a praticar novos hábitos.

Se nos incomodamos com a forma como nos comportamos em várias situações ou apenas queremos desenvolver habilidades que nos permitem ter mais sucesso no nosso negócio, é hora de pensarmos em fazer a mudança. Acredita que é transformador.

Ainda estou longe de chegar ao estado de QE que desejo mas as diferenças e (boas) consequências são notórias. O treino tem de ser contínuo, praticando em cada situação que nos vai surgindo. E se não conseguir desta vez, ganhei consciência disso e na próxima vou reagir de forma diferente.

Também não faz sentido tentarmos enganar a nossa essência como pessoa. É preciso encontrarmos caminhos para o controle das nossas emoções, mas com os quais nos sintamos confortáveis.

Bons negócios,

Mónica